Dia 6. Segunda feira. Simpatia 6: Ajudando o santo a te ajudar

O que você vai precisar:

-Sinceridade

-Criatividade

-Papel e Caneta

-Um lugar especial para guardar

Simpatia:

Eu queria uma simpatia que fosse mais subjetiva e que não envolvesse apenas oração ou materialidade das coisas como velas e estátuas. Fiquei pesquisando um tempão e não achei nada. Foi quando me lembrei desta simpatia.

A simpatia de hoje eu aprendi quando era pequenininha, passada de avós pra filhas e netas. Minha tia foi quem me orientou como fazer e me mostrou a importância. Procurei por ela na internet para ver se outras pessoas faziam e não achei nadinha, o que é um bom sinal. Deve ser daquelas simpatias ótimas e meio secretas, passadas pela tradição oral geração a geração.

Você vai escrever num papel as principais virtudes que seu parceiro deve ter, tipo uma lista mesmo. Parece bobinho, quase um teste adolescente da Capricho, porém é poderosa. Algumas mulheres da minha família disseram abrir a carta anos depois e descobrir que foram atendidas em tudo, até nos pedidos que hoje consideram não ter sido feitos muito adequadamente. Pedir um homem muito bonito pode dar trabalho, um homem gentil demais pode deixar o romance meloso, pedir um homem rico pode deixar o amor frio e distante... Portanto, pensem bem!

Você deve estar inspirada neste momento e  acima de tudo ser honesta com seus próprios desejos e objetivos. E veja bem, não é para exagerar. Acho que umas 8 virtudes estão suficientes, mas você é quem sabe! A graça da simpatia é que além de “ajudar o santo a te ajudar”, vai ser uma mão na roda pra você mesma a ter foco na hora de observar os moçoilos por aí e escolhê-los. Escreva livremente como quiser; as garotas práticas escreverão em tópicos, as confusas- como eu- escreverão dissertações e tratados. Você pode desenhar, enfeitar ou fazer como desejar. Esta é uma carta secreta entre você e “a diretoria”, então capriche e seja sincera!

Para dar seriedade na história e selar o trato, aprendi que você deveria dobrar sua carta/lista e guardá-la dentro da Bíblia. A minha versão antiga eu achei faz pouco tempo, com os garranchos de uma menina ingênua em seus 8 anos e muitas canetas coloridas. Foi fofo ler minha espontaneidade e minha total falta de noção do que é um relacionamento.

A magia é encontrar a carta perdida tempos depois e descobrir que você foi atendida e ver como você pensava na época em que escreveu. Se você não tiver uma Bíblia, coisa que acontece muito hoje em dia, você pode deixá-la num altarzinho, numa caixinha fofa ou dentro de um livro muito querido. O importante é que tenha simbologia para você!

Então, mãos à obra!

Obs 1: ainda estou pensando se postarei minha cartinha aqui no blog ou se ela tem que ser secreta.

Obs 2: vocês não vão acreditar no absurdo da coincidência:  enquanto eu me preparava para este post deixei rolando um cd da Madeleine Peyroux e sabe que musica tocou enquanto eu escrevia???  “I´m Gonna Sit Right Down and Write Myself a Letter” ! É esse tipo de sincronicidade que move minha vida!