segunda-feira, 27 de junho de 2011

Acontecimentos Recentes 7- O tão esperado dia dos Namorados

Passei o dia dos namorados exatamente onde e com quem deveria estar:
com meus amigos que são meus verdadeiros companheiros o ano todo e em qualquer situação. Porque não é bem um namorado que as mulheres românticas como eu procuram, são companheiros.
Teve filminho dividindo edredom, piadinhas infames, danças malucas, montinho na cama, cafuné, presentinho, bilhete e muita naturalidade.
Foi o dia dos namorados perfeito porque não foi farsa, convenção, nem melodrama. Foi espantosamente verdadeiro. Tanto que ao longo do dia ia recordando muitos momentos que já tinha vivido com antigos amores, e dessa vez era muito mais forte e sincero. Sem rótulos, alianças, promessas. Apenas o sentimento de que você ama e é correspondido.
Minha teoria é a seguinte: solteiro, namorando, casado, separado ou com os amigos, o importante é sempre o AMOR!
E é em busca do máximo da expressão deste sentimento e da completude que ele traz que sempre estive.
Espontaneidade é para mim a fórmula do sucesso e da felicidade na vida.

Depois de toda essa farra, à tarde tive uma festinha de crianças da família. Não havia nada de mais torturante para alguém que estava fazendo promessa há semanas sem comer doce e ainda mais em plena TPM. O pobre amigo karma está aí pra provar que não sou nada fácil nesses dias. E os convidados da festinha esqueciam da promessa e vinham demonstrar a delícia das guloseimas pra mim. “Come!”, “Pega mais um!”, “Ta tão bom, né?”...
 Pode-se imaginar meu humor agradável em tal momento.

E eu nem bem tinha saído da casa dos meus amigos e já sentia a falta deles. Já telefonava atrás deles. Imagino que muito provavelmente eles me acham exagerada. Meu excesso sincero de sentimento nunca é muito compreendido pelo mundo. As pessoas não estão habituadas com tamanha capacidade de amar.
É estranho dizer isso, mas sentia naquele momento que meus amigos eram muito mais minha família do que os laços de sangue que me circundavam. Os amigos são a família que podemos escolher.

Para me distrair fiquei brincando de caça ao tesouro no guarda roupa da vovó charmosa e fiz vários garimpos, pra matar qualquer brechó de inveja! Voltei com uns vinte cabides no carro e resolvi que para tudo ser mais significativo neste dia, eu deveria ir pra balada dos solteiros com uma roupa da minha vó. (Mais tarde, na balada, eu conversaria com a blusa, perguntando se ela imaginava que um dia veria tudo aquilo. Ela que apenas tinha presenciado o auge dos anos dourados!)

Saí da festinha infantil apressada pra buscar os amigos pra “balada dos solteiros de dia dos namorados”. Voltei pela 2ª vez do dia para o condomínio do amigo karma. Sou aquela categoria de amiga denominada “caroneira”. E gosto muito disso, dessa missão. Meu carro é um verdadeiro mausoléu da amizade. Risos! No banco de trás de partes de fantasias da ultima festa, agasalhos perdidos, CDs riscados e jogados pelo chão, restos de comida do drive thru... E é assim mesmo que tem que ser.
Fomos para a festinha e foi Muito divertido. Era uma festa karaokê, nada mais brega e apropriado. Cantamos, dançamos, sensualizamos na sacadinha e em todos os lugares possíveis. Ninguém na verdade se lembrava de que era dia 12 e isso não pesava em momento algum. Estávamos sendo honestamente felizes da melhor forma como poderíamos ser.
Como o blog permanece 100% do tempo vivo em minha mente, lá na festa aproveitei pra conversar com uns meninos sobre um assunto que já muito foi levantado anteriormente: meu homem-utopia. Perguntei a eles se parecia loucura querer fazer picnic com um homem e passar o domingo na livraria. Para minha GRANDE surpresa, naquela roda de testosterona, fui super apoiada (e olha que são HOMENS de verdade!) e eles me disseram que curtiam SIM esse tipo de programa e que inclusive já fizeram com muitas garotas. “Um deles acrescentou que picnic não impede que algo bacana role, até favorece”.
Sexo com comida à parte, renovei minha esperança e vi que talvez eu só tenha que freqüentar o universo correto. Me afinar melhor com o tipo ideal de homem que procuro.
Meu homem sensível pode até estar escondido em alguma toca do coelho mística, mas cada vez mais percebo que ele se aproxima de ser real e que às vezes pode ser excitantemente teimoso realizar utopias.
Na madrugada do dia 12 recebi uma mensagem no celular de um dos rapazes da festa dizendo: “Hey Bru, nunca se esqueça: picnic não é utopia”.
Tinha como passar melhor o dia dos namorados?

Um comentário:

  1. Nem preciso dizer que adoro seu texto, né? Amei o post, por favor, não pare de escrever, suas palavras nos inspiram muitooo! Beijão!
    Samanta De Martino
    www.maketotal.blogspot.com

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